O desejo de espalhar a palavra faz nascer todos os dias milhares de blogs. Aqui nasce mais um apenas com o desejo de existir, de ser...
Todos os dias se ouvem desabafos, comentários, análises, criticas, supercriticas sobre a incultura do povo português, a sua falta de responsabilidade civil, os maus hábitos sociais, o muito que se come, o pouco que se faz, os atrasos, a pouca produtividade, dos mais variados ângulos, perspectivas, quadrantes, de tal forma que entre aqueles que expressam estes pensamentos e aqueles que são o objecto destes pensamentos não resta mais nenhum português. Todos estes comportamentos, no quais provavelmente também se deve igualmente incluir os actos acima citados, são justificações para as nossas "crises", ou como se chamam nos dias de hoje as chamadas crises económicas (em séculos anteriores as crises tinham outros nomes), que aparentemente determinam o modo de viver. Sendo que o Homem viveu em crise desde o tempo em que macacos que deram origem aos primeiros Hominídeos viviam nas árvores (caso contrário não teriam baixado das árvores para procurar alimento), este é uma paradigma da existência humana, o qual é génese da sua sobrevivência e da sua evolução como espécie.
Mais do que opinar e contra-opinar sobre a causa, as consequências e real estado das coisas no caso português, que mais não seria do que acrescentar mais um conjunto de palavras sem objectividade e sem conteúdo ao conjunto existente de opiniões pessoais e de senso-comum, o que se pretende aqui realçar é a evidente LETARGIA na qual sobrevivem a maior parte das pessoas deste país. Numa nação onde os portugueses são emigrantes dentro do próprio estado e onde não provocam uma revolução há seis séculos, e na era do google, do youtube, dos blogs, globalização, do turismo espacial, da revolução (ou afirmação) sexual da mulher, das nanotecnologias, dos novos desafios tecnológicos, do aquecimento global, e um sem fim de acontecimentos que ocorrem nesta era, a participação de Portugal e dos portugueses, enquanto cidadãos do mundo é mínima. Acima de tudo a inacção, a falta de confiança e coragem assumiram o controlos dos actos por cá. Num país onde os jovens não imaginam, não sonham e onde os adultos não idealizam ou romanceiam, as vivências tornam-se demasiado homogéneas e as pessoas demasiado parecidas. Tudo isto reflecte-se nos horizontes que os jovens traçam e que se reduzem a querer ser uma estrela de futebol ou uma vedeta do mundo da música sem que haja o esforço por dar chutos na bola ou aprender um instrumento.
Esta é talvez uma das épocas mais desafiantes para se viver e onde o Universo das acções é maior, e é por isso triste que num país com mais 300 dias de Sol por ano, com terras férteis, com praias, montanhas e rios, tendo o progresso e a experiência de outros povos como vizinhos, com tanta história feita, haja tão pouca história a querer ser feita. Os horizontes são poucos e são reduzidos, e perante uma classe intelectual silenciosa e uma classe política vazia de conteúdo, apenas sobra a superação individual para a criação de novos horizontes.
Com estas publicações gostaria-se apenas de tentar mostrar outras realidades, outras possibilidades, outros alargamentos, outros "ares" ...
!Próximo texto: 06-09-2008.
Todos os dias se ouvem desabafos, comentários, análises, criticas, supercriticas sobre a incultura do povo português, a sua falta de responsabilidade civil, os maus hábitos sociais, o muito que se come, o pouco que se faz, os atrasos, a pouca produtividade, dos mais variados ângulos, perspectivas, quadrantes, de tal forma que entre aqueles que expressam estes pensamentos e aqueles que são o objecto destes pensamentos não resta mais nenhum português. Todos estes comportamentos, no quais provavelmente também se deve igualmente incluir os actos acima citados, são justificações para as nossas "crises", ou como se chamam nos dias de hoje as chamadas crises económicas (em séculos anteriores as crises tinham outros nomes), que aparentemente determinam o modo de viver. Sendo que o Homem viveu em crise desde o tempo em que macacos que deram origem aos primeiros Hominídeos viviam nas árvores (caso contrário não teriam baixado das árvores para procurar alimento), este é uma paradigma da existência humana, o qual é génese da sua sobrevivência e da sua evolução como espécie.
Mais do que opinar e contra-opinar sobre a causa, as consequências e real estado das coisas no caso português, que mais não seria do que acrescentar mais um conjunto de palavras sem objectividade e sem conteúdo ao conjunto existente de opiniões pessoais e de senso-comum, o que se pretende aqui realçar é a evidente LETARGIA na qual sobrevivem a maior parte das pessoas deste país. Numa nação onde os portugueses são emigrantes dentro do próprio estado e onde não provocam uma revolução há seis séculos, e na era do google, do youtube, dos blogs, globalização, do turismo espacial, da revolução (ou afirmação) sexual da mulher, das nanotecnologias, dos novos desafios tecnológicos, do aquecimento global, e um sem fim de acontecimentos que ocorrem nesta era, a participação de Portugal e dos portugueses, enquanto cidadãos do mundo é mínima. Acima de tudo a inacção, a falta de confiança e coragem assumiram o controlos dos actos por cá. Num país onde os jovens não imaginam, não sonham e onde os adultos não idealizam ou romanceiam, as vivências tornam-se demasiado homogéneas e as pessoas demasiado parecidas. Tudo isto reflecte-se nos horizontes que os jovens traçam e que se reduzem a querer ser uma estrela de futebol ou uma vedeta do mundo da música sem que haja o esforço por dar chutos na bola ou aprender um instrumento.
Esta é talvez uma das épocas mais desafiantes para se viver e onde o Universo das acções é maior, e é por isso triste que num país com mais 300 dias de Sol por ano, com terras férteis, com praias, montanhas e rios, tendo o progresso e a experiência de outros povos como vizinhos, com tanta história feita, haja tão pouca história a querer ser feita. Os horizontes são poucos e são reduzidos, e perante uma classe intelectual silenciosa e uma classe política vazia de conteúdo, apenas sobra a superação individual para a criação de novos horizontes.
Com estas publicações gostaria-se apenas de tentar mostrar outras realidades, outras possibilidades, outros alargamentos, outros "ares" ...
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