domingo, 22 de fevereiro de 2009

O Burguês

O Burguês é dos portugueses mais portugueses na medida em que a maior partes dos habitantes deste pedaço de terra à beira mar plantado possui vestígios mais ou menos evidentes desta personagem. O Burguês é uma pessoa calma, não gosta de muitos esforços físicos e trabalha entre as 9h e as 17h, por entre cafés e almoços “bem regados”, com tinto ou imperial, como se diz por aqui. A sua forma física tende por isso a “arredondar”, ainda mais após o casamento que tende a acontecer numa idade muito jovem. O casamento é, para além de tudo o resto, garante de comida na mesa, comida na cama e roupa lavada e passada a ferro. Este é um animal tendencialmente machista, amigo dos seus amigos, com quem gosta de partilhar cervejas e visitas a casas de alterne, tipicamente em Espanha, provavelmente pelo preço, o que talvez justifique as afirmações onde diz que a mulher mais cara da sua vida é a que tem em…CASA!

As suas leituras passam quase exclusivamente pelos jornais desportivos; os seus gostos passam pelo futebol e por falar de política, temas que alterna com a maior das facilidades e que são a base do seu conjunto de metáforas e analogias: “Isto da política é como no futebol! Quando está apertado, mete fora!” No entanto, consegue falar de tudo e “sabe tudo”, pelo que é sempre ele, o Burguês, o dono da razão! “Antes de tu nasceres já eu tinha (des)aprendido tudo” é a frase que o caracteriza neste ponto.

Carros grandes à boa maneira freudiana são a sua preferência e possivelmente o único traço de vaidade. Para além disso, é inundado de uma bondade e generosidade imensa e, ao mesmo tempo, inocente pelos seus, que o torna capaz de correr a maratona mesmo tendo a preparação física de um hipopótamo. Esta bondade é estendida ao contacto com os amigos, pela conversa fácil e amigável, e por uma grande prestabilidade. Este é um homem que faz tudo pelos amigos. Um brinde a um bom português...

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

O Português do Séc.XXI


"Poderes ocultos", "vil mentira", "conspiração", "campanha negra"... Estas palavras não são de nenhum ocultista, género prof. Mambo, mas sim do actual primeiro minisitro de portugal, qual D.Quixote de la Mancha a lutar contra moinhos de vento. Relembrando o anterior texto deste blog, "Referências e Referentes", parece que este primeiro ministro padece do mesmo sintoma que foi caracterizado nesse texto, nomeadamente a falta de referências reais para onde apontar, ou seja, anda à nora...

A melhor forma de determinarmos e compreendermos as "Referências e Referentes" que existem ou que estão em falta, é traçar um estereótipo do Homem Português do Séc.XXI. Conhecer os seus padrões de vida, a forma como se relaciona socialmente, os seus hábitos de acasalamento e as suas ambições, permitirá construir uma imagem da matriz social da qual faz parte este "animal" e assim perceber melhor o que está em falta. Os próximos textos serão dedicados a tentar dissecar esta personagem na sua forma mais íntima e pessoal.

Quanto ao primeiro-ministro já aqui falado, verdade seja dita, que referência pode constituir ou ter um primeiro-ministro que fazendo um exame de Inglês Técnico em casa apenas consegue obter a nota 10!