segunda-feira, 21 de setembro de 2009

VOTO EM BRANCO, VOTO EM MIM

 

Porque posso!

 

Porque não faço depender as minhas decisões e a minha esperança de nenhum político qualificado ou inqualificado.

 

Porque tenho leio, investigo, penso, reflicto e com a minha racionalidade procuro a minha autonomia.

 

Porque tenho uma razão, um corpo e um coração, e para coordená-los, a ambição de ser livre.

 

Porque acredito no que posso fazer com as mãos, com os braços, com cada milímetro da minha vida, e porque tudo se resume ao esforço de adaptação e à capacidade de superação individual.

 

Porque são precisas ideias novas, mesmo que más e criticaveis. O novo tem capacidade de se endireitar, o velho é que não!

 

Porque é tempo de deixar para trás as ideias que nos atrasam, o Estado Novo, o Salazar, o 25 de Abril, o Mário Soares, o Cunhal, os Comunistas, os Fascistas, o Sócrates, a Ferreira Leite, o Cavaco, o PSD, o PS, o PCP, o CDS, o BE, o Zé Povinho, a Saudade, o fado melancólico, e oxigenar o sangue da nossa sociedade com novas figuras, novas ideias e com um novo fado. Colocar na memória passada essas figuras e tempos, agradecer-lhes, e na memória presente abrir espaço para novos horizontes.

 

Se o voto é a arma da democracia para a revolução, então que seja, e que ele liberte o presente do passado que insiste em ser futuro.

 

Há alturas na nossa vida que encontramos o nosso destino parado, a fixar-nos olhos. Ou se aceita o desafio e o capturamos, ou se deixa que ele escape, e continuamos a ser escravos do tempo, da chuva, do sol, do vento, do acaso e, e sobretudo daqueles e da sua bondade, que até aqui nos têm governado.

 

É altura de marcar a mudança e o começar em branco!